Cidadãos comprovam eficiência do Programa de Controle ao Tabagismo, da SES

Uma junção de relatos positivos de cidadãos egressos do Programa Estadual de Controle ao Tabagismo, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi sinônimo de inspiração para todos os que estiveram presentes no auditório do Hospital Universitário (HU), na tarde desta quarta-feira, 21. O Programa acontece em parceria com os municípios que disponibilizam na Atenção Primária, através do Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento para quem deseja parar de fumar.

Na ocasião, a gestão do programa no município de Aracaju promoveu uma exposição sobre tabagismo e acompanhou os relatos, sendo a equipe atuante no HU formada por médicos de várias especialidades, enfermeiro, assistente social, psicólogo e nutricionista, que também oferecem, num ambulatório específico, o acompanhamento aos pacientes com sobrepeso.  Para a execução do programa, eles contaram com apoio dos residentes do curso de medicina, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

“A reunião favoreceu a apresentação das pesquisas sobre os resultados apresentados por esses pacientes, inseridos no Programa de Controle ao Tabagismo a partir de 2005. As principais dificuldades enfrentadas, bem como os avanços, servirão para o aperfeiçoamento das práticas desenvolvidas através dessa iniciativa”, destacou Lívia Angélica da Silva, coordenadora do programa da SES.

Instituído pelo Governo Federal, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo centraliza ações nos estados e nos municípios brasileiros. O estado, por sua vez, tem a responsabilidade de implantá-lo nos municípios, em suas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em Sergipe, a SES capacita profissionais e, por meio do Ministério da Saúde, agiliza o fluxo de insumos necessários a esse tratamento e realiza também as abordagens para a coleta de informações. Aracaju, por sua vez, dispõe de duas unidades do programa. Além do HU, o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), localizado no bairro Siqueira Campos.

Transversalidade

O engajamento da equipe multiprofissional atuante ainda favorece a observação necessária às doenças crônicas, visto que a prática do tabagismo é um enorme indicativo para o surgimento de câncer, frente a uma população que precisa se abster dessa prática, com vistas a uma melhor qualidade de vida. O programa estadual é, portanto, transversal a essa problemática, bem como a que envolve os hipertensos e diabéticos.

Assistente social e referência no tratamento do tabagismo junto à equipe multidisciplinar que atua no HU, Wlivia Santana destaca ser de grande valia o desempenho das secretarias municipal e de Estado da Saúde nesse processo. “Percebemos que o paciente tem a necessidade de um tratamento completo, daí a disponibilidade de uma equipe multiprofissional viabilizada pelo HU. A SES, não só fornece os medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde, como também nos proporciona o apoio motivacional necessário para darmos continuidade às ações”, ressaltou Wlivia.

Superação

Aposentada, Valdira Marques Rosendo, 59 anos, fez o tratamento no HU após uma trajetória de 47 anos no tabagismo. “Não havia quem acreditasse que eu deixaria de fumar. Nem mesmo o surgimento de um câncer de mama e três gestações me fizeram deixar o cigarro. No programa estadual, fiz uso de medicações e em meio às reuniões realizadas com a participação da psicologa, da assistente social, das enfermeiras e de algumas estagiárias, recebi materiais, a exemplo de livretos e questionários a serem respondidos, com discussões posteriores e as orientações necessárias, até mesmo nas horas de compulsão. A saúde da mente está diretamente ligada a esse processo, que depende muito do acompanhamento profissional para que se obtenha sucesso. Hoje, aconselho as pessoas a decidirem parar de fumar e, em seguida, a procurar ajuda”, declarou a ex-fumante, que participou da reunião com o marido, contemplado da mesma forma pelo programa estadual.

Publicado: 22 de fevereiro de 2018, 14:08 | Atualizado: 22 de fevereiro de 2018, 14:08