Governo celebra Dia da Síndrome de Down com apresentação musical, palestra e reflexão

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, celebrou na manhã desta sexta-feira, 22, no auditório do Centro Administrativo da Saúde Senador Gilvan Rocha, o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado nesta quinta-feira, 21. O evento contou com a participação da vice-governadora Eliane Aquino e do secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, e reuniu servidores, membros da Associação Sergipana do Cidadão com a Síndrome de Down (Cidown),mães e pessoas com síndrome.

A celebração destacou o mote da campanha deste ano :“Ninguém fica para trás” e contou com uma programação variada, como palestra e apresentações de dança e de experiências, contadas por mães de pessoas com deficiência. Entre elas, Maria da Purificação Souza Simas, que trouxe para o público um relato emocionante sobre os 24 anos que viveu com seu filho Matheus Souza Simas. A história que se transformou no livro “Anjo de luz – Memórias de Amor”, já em segunda edição, comoveu os presentes.

A vice-governadora Eliane Aquino definiu o evento como uma manhã extremamente rica. “Olhar para essa mocinha dando esse show lindo e ouvir o depoimento de Purificação, nos toca profundamente e uma das coisas que me impressiona é como a gente acha que entende sobre deficiência porque a gente estudou, trabalhou, porque a gente vive em uma sociedade moderna, e quando chega às nossas mãos, a gente descobre que não sabemos absolutamente nada. A gente vê o quanto que é difícil e o quanto que nós somo deficientes, no olhar, no pensar, na convivência”, enfatizou Aquino.

Falando sobre inclusão social, a vice-governadora garante que a inclusão não é simplesmente ter uma criança com deficiência na escola. “A inclusão precisa acontecer e ela não pode ser uma favor. Ela precisa ser um direito. Por isso eu peço a todos vocês que estão aqui: ajudem cada pai e mãe que passarem perto de vocês, principalmente quando forem carentes”, conclamou Eliane Aquino.

O secretário Valberto de Oliveira destacou na celebração lembrou que a SES, através da Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência, tem o compromisso de conduzir no Estado as políticas de saúde voltadas para este público e tem se empenhado para garantir-lhes o acesso aos serviços. O secretário aproveitou a data para refutar o preconceito e a discriminação que de alguma forma ainda pairam sobre as pessoas com deficiência.

A palestra da manhã foi ministrada pela fonoaudióloga Thereza Cristina Goulart Mannerat. Ela falou sobre a importância da estimulação da comunicação e do desenvolvimento da fala e trouxe como recado a importância de dar voz à pessoa com deficiência.  “Tudo que foi dito hoje, durante essa semana toda, de não deixar ninguém para trás, me sensibilizou muito porque o caminho para a mudança é a sensibilização. Por que se não tocar o coração as coisas não acontecem”, salientou.

Ela enfatizou na palestra a importância da estimulação precoce. “Todos sabem que a síndrome de Down tem na comunicação o seu um ponto frágil, que precisa ser cuidado e precocemente, porque o tempo é crucial, porque quando a gente perde tempo, naturalmente a gente fica para trás. Então a pessoa que não tem a oportunidade da estimulação, não tem o tempo essencial para desenvolver suas habilidades. Então ela fica para trás”, reforçou.

A diretora de Relações Públicas da Associação Sergipana do Cidadão com Síndrome de Down, (Cidown) e procuradora de Estado, Rita de Cássia Mateus, falou sobre o trabalho e ações que a instituição realiza em apoio às famílias de pessoas com a síndrome. “Realizamos atividades em prol do desenvolvimento da pessoa com Síndrome de Down e precisamos do apoio do empresariado, do poder público porque nós temos muito a fazer. Uma das nossas atribuições, a de amparar as famílias, para que ela seja fortalecida e encorajada  para vencer os estigmas do passado que foram criados em torno da síndrome”, informou.

Um dos momentos mais emocionantes e que levantou o público em aplauso foi a apresentação de garota Flávia Guadalupe. Ela tem a Síndrome de Down, mas essa condição não a impediu de fazer dança, teatro e artes plásticas. Com 30 anos de idade, apresentou dois números de dança, sendo um acompanhado pela professora e bailarina Hayffa Mansatto.

Fotos: Flávia Pacheco ASCOM SES

Publicado: 22 de março de 2019, 15:30 | Atualizado: 22 de março de 2019, 15:30