Huse reúne médicos e residentes para discutir sobre melhoria do diagnóstico da causa de morte e qualidade da declaração de óbito

O Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, realizou nesta quinta-feira, 5, um encontro sobre Melhoria do diagnóstico da causa de morte, qualidade do atestado médico e uso do aplicativo atestado. O evento foi destinado para médicos, residentes e estudantes de medicina e foi ministrado pela Drª. Elizabeth França, que é professora do programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Federal de Minas Gerais e médica em Epidemiologia.

Na ocasião, a médica ressaltou a importância das informações corretas para o preenchimento da Declaração de Óbito. “Esse projeto está dentro de uma proposta geral de melhoria da informação sobre causas de mortes no Brasil. Nós temos um sistema de informatização que no ano passado coletou mais de 1 milhão e trezentos mil óbitos. O Brasil, entre os países em desenvolvimento é o que tem o melhor sistema de informação com uma boa cobertura, fruto do trabalho enorme feito com o Ministério da Saúde nos últimos dez anos para melhorar essa cobertura, mas, nós temos problemas em termos de qualidade da informação sobre causas. Temos causas de morte que não podem ser consideradas causas básicas, porque nós trabalhamos somente com uma causa para cada paciente que evolui para o óbito e estamos hoje esclarecendo muitas questões para que eles possam entender a importância do preenchimento correto da DO”, explicou.

O objetivo da discussão é que além da importância legal, a DO é importante para a saúde pública e cada médico definir a sequência de causas e a causa básica que fica na última linha da DO é fundamental. O Huse foi escolhido por ser o maior hospital público do estado e tem uma proporção de códigos garbage igual a outros hospitais com cerca de 30% desses códigos e é esperado uma redução dessa proporção entre as estatísticas, essa é a proposta principal.

De acordo com enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Daya Devi Souza de Oliveira, todos os cruzamentos das variáveis do SIM vão proporcionar uma análise epidemiológica eficiente capaz de subsidiar o entendimento de cada localidade para saber o que pode ser feito para melhorar, além de padronizar a melhoria da qualidade do diagnóstico da causa morte, preenchimento da declaração de óbito, divulgação e uso do aplicativo Atestado.

São orientações importantes para os médicos, no sentido de dar uma visão ampliada da importância da declaração de óbito, além da importância legal que ela vai se tornar no registro cívil que é o atestado de óbito, um documento importante, aberta a algumas situações de fraudes, então precisa ter um controle maior que justamente ocorre na Vigilância Epidemiológica da SES e juntamente com as secretarias municipais, então, as informações preenchidas nas declarações vão alimentar o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) que é também um objetivo principal qualificar o sistema no nível que possam ser realizadas estatísticas epidemiológicas, uma formação de um perfil epidemiológico para ser passado para os gestores e a partir daí vai ser possível a realização de planejamentos em saúde, saber quais municípios a mortalidade está prevalecendo”, esclareceu.

Publicado: 5 de julho de 2018, 18:57 | Atualizado: 17 de julho de 2018, 08:19