Saúde participa de audiência pública sobre Microcefalia

 Por Morgana Barbosa

audência microcefalia oab (2)Na manhã desta segunda-feira, 30, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou da audiência pública promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE), que abordou “Informações sobre o plano de enfrentamento à Microcefalia: situação das crianças no estado de Sergipe”.

 

O evento realizado pela Comissão da Infância, Adolescência e Juventude da OAB/SE debateu e deu visibilidade aos serviços estruturados, a nível de saúde pública em Sergipe, para a promoção da assistência às crianças que nasceram com Microcefalia.

 

O superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Dr. Luiz Eduardo, esclareceu sobre ações executadas pela SES no processo de assistência aos casos. “Esse diálogo é muito bom. Nós passamos às entidades tudo o que vem sendo feito. Mostramos que nenhuma criança nascida com microcefalia está aquém da assistência. Ao contrário, todas elas estão sendo atendidas”, afirma o superintendente.

 

No Estado foram contabilizados, até o momento, 233 casos notificados, 77 casos confirmados, 43 casos descartados e 9 óbitos. Para promover a assistência necessária às crianças com microcefalia, a SES realiza articulação com outras instituições.

 

“O fluxo de assistência acontece em três instituições que são: o Centro de Especialidades Médicas da Criança e do Adolescente  (Cemca), que é responsável pela região de Aracaju, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que atende às crianças nascidas na própria maternidade, através  do ambulatório “follow up”  e o Hospital Universitário, que atende os casos das demais regiões”, explica a coordenadora estadual de atenção básica e representante do grupo de atenção à microcefalia, Áurea Torres.

 

Também foi destacada a elaboração de laudos circunstanciados que possibilitam aos responsáveis pelas crianças, que têm o diagnóstico confirmado de microcefalia, a buscar junto ao INSS os benefícios previstos.

 

“Os profissionais identificaram que o atendimento existe, o que falta é exatamente o funcionamento desse fluxo de forma ordenada, ou seja, que haja uma comunicação entre o sistema de saúde, entre o sistema de assistência, entre os municípios, e que se possa envolver mais a sociedade. É preciso fazer com que a sociedade se sinta responsável para participar desse processo”, avalia a presidente da Comissão, Glícia Salmeiron.

 

Monitoramento

 

A coordenadora do Núcleo Estratégico da Secretaria de Estado da Saúde, Eliane Nascimento, destaca que os dados sobre os casos de microcefalia e arboviroses são atualizados semanalmente e estão disponíveis no site da SES.

“O informe semanal apresenta os casos de microcefalia, Dengue, Chikungunya e Zika, e ele pode ser encontrado também dentro do portal da Sala de Situação”, informou.

 

Ainda segundo a coordenadora os dados disponibilizados no site contribuem no processo de direcionamento das ações.

 

Resultado

 

De acordo com a presidente da Comissão da Infância, Adolescência e Juventude da OAB/SE, Glícia Salmeiron, além dos esclarecimentos ao longo da audiência, foram identificadas necessidades apontadas pelos municípios.

 

“Para possibilitar encaminhamentos relacionados a essas demandas ficou definida a formação de um Grupo de Trabalho com a finalidade de fazer essa identificação de maneira formal e, a partir daí, promover os encaminhamentos nas esferas dos municípios através dos gestores e do Ministério Público”, destacou.

Publicado: 31 de maio de 2016, 13:36 | Atualizado: 31 de maio de 2016, 13:36