Hemose: Usuários com hemofilia participam de atividades que destacam importância do tratamento

Por Rosângela Cruz

Din_mica estimula a criatividadeCom dinâmicas de grupo, palestras e recreação infantil, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) realizou uma série de atividades com a participação de trinta usuários com hemofilia, assistidos no ambulatório da unidade.  Organizada pela equipe multidisciplinar, o momento de integração aconteceu no Clube do Banese e teve como finalidade estimular o convívio social entre os pacientes, a troca de experiências, além de celebrar o Dia Mundial da Hemofilia, em 17 de abril, que este ano teve como tema “Não deixe a vida sangrar”.

A hemofilia é um distúrbio que se origina de um defeito da coagulação sanguínea, oriundo de uma coagulopatia hereditária, transmitida de pai para filho. O organismo do hemofílico não produz a quantidade ideal do fator de coagulação. Em função dessa deficiência, após uma lesão, podem ocorrer sangramentos externos ou internos.

Para esclarecer dúvidas e levar mais informações sobre os tratamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde (MS) através dos Hemocentros, a médica onco hematologista e assessora técnica do Hemose, Lourdes Alice Marinho, ministrou uma palestra sobre os cuidados preventivos para evitar os sangramentos.  Ela também destacou os avanços alcançados nos últimos anos, decorrente da liberação dos protocolos de profilaxia primária e secundária.

“Com este tratamento, o paciente recebe o fator deficiente para prevenir eventual sangramento, com infusões de fator de uma a três vezes por semana. No Hemocentro é feito o acompanhamento do paciente com hemofilia e cada caso é avaliado por médicos hematologistas que indica o tratamento adequado”, afirmou.

O Hemocentro de Sergipe conta com uma equipe multidisciplinar composta por médicos hematologistas, clínicos, pediatras, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistente social, farmacêutico que acompanham os pacientes diariamente.

Para os pacientes presentes as atividades, o momento foi de integração com depoimentos sobre as experiências vivenciadas por cada uma. “Descobri a hemofilia quando tinha doze anos. No início sofri muito, pois os médicos não sabiam de onde vinham os sangramentos. Hoje a situação é outra. Estou muito bem e levo uma vida praticamente normal”, comentou o paciente Clodoaldo Silveira Cruz, 45 anos.

“É importante que todos aqui não deixem de fazer as consultas para receber as orientações sobre o tratamento preventivo e as medicações que são disponibilizadas para os hemofílicos“, acrescentou Glauber Costa, 38 anos.

Homenagem

Durante o dia, os usuários prestaram uma homenagem surpresa para enfermeira Emilinha Monteiro, que está em processo de aposentadoria. “Agradecemos o carinho e o acolhimento feito por Emilinha durante todos esses anos. Agradecemos pelo empenho e dedicação nos momentos mais difíceis”, disse o usuário Cláudio Rogério dos Santos.

Parcerias

O evento integrativo contou com as parcerias do Clube do Banco Banese, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência  (Samu 192 Sergipe), que disponibilizou técnicos para acompanhar os pacientes, a empresa Baxter e a Associação Sergipana de Hemofilia.

Publicado: 29 de abril de 2016, 17:30 | Atualizado: 29 de abril de 2016, 17:30